Egressos
Cria do Unileste: conheça a trajetória do arquiteto Joel Lima
A graduação em Arquitetura e Urbanismo pelo Unileste marcou o início de uma trajetória pautada pela curiosidade e pelo desejo constante de experimentar. Natural de Timóteo, Joel Lima formou-se em 2005 e, desde então, vem explorando maneiras de unir técnica e sensibilidade nos projetos que desenvolve.
Atualmente, os projetos desenvolvidos por Joel se destacam em diferentes frentes — entre elas, a colaboração com duas edições do Big Brother Brasil (BBB), da TV Globo, e a criação da escultura “Galo Inox Aperam”, instalada na entrada da Arena MRV, em Belo Horizonte. No entanto, a notoriedade não é o que define sua atuação. Segundo o egresso, seu foco sempre foi compreender como os materiais e os espaços podem provocar novas percepções. “Desde a graduação, sempre tive interesse em estudar materiais fora do uso comum. Com o tempo, fui entendendo que o projeto arquitetônico pode propor novas maneiras de olhar, de usar e de vivenciar o espaço”, relata.
Foi justamente o interesse por novos materiais que levou o arquiteto a ser convidado para colaborar na cenografia do BBB. Um dos elementos que ele utiliza com frequência é o aço inox, conhecido por sua versatilidade e pela forma como interage com a luz. “A Globo procura propostas que ajudem a transformar a percepção do público. O desafio é entender o tema de cada edição e propor algo que dialogue com o conceito do programa”, explica.
A escultura “Galo Inox Aperam” representou um novo desafio: trabalhar o aço em outra escala. Com 8 metros de altura e 13 toneladas, a obra, inaugurada em abril de 2025, foi desenvolvida especialmente para o estádio do Atlético Mineiro. “Sem dúvida, é uma forma de coroar todo o meu trabalho. Foi um projeto completamente diferente de tudo o que já havia feito. Além do desafio técnico, ele carrega um forte simbolismo e reúne elementos da arquitetura, do design e da indústria”, afirma.
Arquitetura como ferramenta de transformação
Para Joel, arquitetura vai além da forma e da função — é uma maneira de contar histórias e transformar realidades. “A arquitetura tem o poder de emocionar e de melhorar a qualidade de vida quando nasce da verdadeira preocupação com quem vai vivenciar aquele espaço. Gosto de pensar que cada projeto carrega histórias, mesmo quando é um trabalho coletivo. Sempre há algo pessoal envolvido”, destaca.
Aos estudantes de arquitetura e urbanismo que pensam no futuro, Joel reforça a importância da dedicação e da escuta às próprias ideias. “É preciso tempo para amadurecer. Nem tudo acontece de forma imediata — e está tudo bem. O importante é seguir estudando, testando, procurando caminhos. E, sempre que possível, fazer aquilo que faz sentido para você”, conclui.
Publicado por Juliana Gonçalves Passos