2024
jul
25
Enfermagem

Julho Amarelo: mês de conscientização sobre as Hepatites Virais

Neste domingo (28), é celebrado o Dia Mundial de Luta Contra as Hepatites Virais. A data foi instituída pela Organização Mundial da Saúde (OMS) em 2010, e integra a campanha Julho Amarelo, que visa alertar sobre as variações da doença causadas por vírus das categorias A, B, C, D e E. 

De acordo com o Relatório Global sobre Hepatites de 2024 da OMS, as hepatites virais resultam na morte de aproximadamente 3.500 pessoas diariamente em todo o mundo. O relatório também aponta que a doença é a segunda maior causa infecciosa de morte global, responsável por 1,3 milhão de óbitos por ano, ficando atrás apenas da tuberculose. 

Segundo a enfermeira e docente do curso de Enfermagem do Unileste, Thamara Assis, a maioria dos pacientes não apresenta sintomas no início da infecção ou manifestam sinais clínicos que se assemelham a uma virose. “A infecção pelo vírus da hepatite pode levar a inflamações hepáticas e, se não diagnosticada e tratada adequadamente, pode evoluir para formas graves da doença, como cirrose hepática e câncer de fígado. Os sintomas podem variar desde mal-estar geral, cansaço, falta de apetite até febre, dor abdominal, náuseas, vômitos, pele e olhos amarelados e urina escura”, comenta. 

Tipos de Hepatite  

No Brasil, as hepatites B e C são as mais comuns e podem se tornar crônicas, necessitando de acompanhamento durante toda a vida. De acordo com Thamara, conhecer os diferentes tipos de hepatite é fundamental para a prevenção e o tratamento adequado.  

“A hepatite A, por exemplo, é geralmente transmitida por meio de alimentos ou água contaminados e causa inflamação aguda do fígado. A hepatite B, por outro lado, é transmitida pelo contato com fluidos corporais, como sangue e sêmen, e pode levar a infecções crônicas que aumentam o risco de cirrose e câncer de fígado. Já a hepatite C é principalmente transmitida pelo sangue e pode causar infecções crônicas, frequentemente levando à necessidade de transplante de fígado. A hepatite D, que só ocorre em pessoas já infectadas com hepatite B, agrava a condição preexistente. A hepatite E, semelhante à hepatite A, é transmitida por água contaminada, porém é particularmente perigosa já que se trata de uma evolução das Hepatites B, C E D, sendo os sintomas assintomáticos”, pontua. 

Tratamento e métodos de prevenção  

A docente alerta para as formas de prevenção e a importância do teste rápido. “Para prevenir as hepatites virais é importante utilizar preservativo em todas as relações sexuais, ter as medidas de higiene pessoal e de saneamento básico e evitar o compartilhamento de materiais de uso pessoal, como escova de dente e alicate de unha. A adesão a exames regulares é igualmente importante para o diagnóstico precoce, permitindo intervenções oportunas e eficazes. As unidades básicas de saúde e os centros de doenças infecciosas também disponibilizam testes rápidos para as Hepatites B e C, que é a forma de detecção ideal”, enfatiza a profissional 

Por fim, a enfermeira ressalta que a vacinação contra a Hepatite B continua sendo a medida mais eficaz para prevenir a doença. “Ao longo dos últimos 35 anos, desde seu lançamento, a vacina tem demonstrado ser altamente efetiva no controle global da Hepatite B. Além de proteger cada indivíduo, contribui significativamente para reduzir o risco de surtos, promovendo a imunidade coletiva. É essencial que as campanhas de conscientização continuem incentivando a adesão ao calendário vacinal”, conclui. 

Publicado por Juliana Gonçalves Passos

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