O curso de Psicologia do Unileste realizou na segunda-feira (18), o evento virtual “Live do Circuito da Loucura em comemoração ao 18 de maio – Dia da Luta Antimanicomial”. O encontro abordou a temática: saúde mental e luta antimanicomial em tempos de pandemia, e contou com a participação da psicóloga, psicanalista, doutora em educação e professora Rita Almeida.
De acordo com o coordenador do curso de psicologia, professor Eustáquio Júnior, “o tema e o momento não poderiam ser mais oportunos, uma vez que identifica-se o agravamento e piora da qualidade da saúde mental neste momento, posterior à deflagração de ações de combate à pandemia da COVID-19”. O pesquisador reitera que o debate sobre o tema transversal é tradição no Unileste e que abordar o movimento é fundamental para a conquista e manutenção dos direitos humanos. “Lembrar a relevância do movimento antimanicomial no Brasil e no mundo, e a abordagem humanizada do sofrimento mental, foram pilares fundamentais para a constituição da Rede de Atenção Psicossocial Brasileira”, afirma.
Organizado pelos estudantes do 5º período do curso e pela professora Patrícia Guedes, o evento buscou a presentar a trajetória da luta por direitos das pessoas com sofrimento mental no Brasil e refletir e realizar ações concretas sobre questões pertinentes à psicologia. Segundo a docente, o movimento é realizado pelo Unileste desde 2018, protagonizado pelo curso de psicologia, e tem o intuito de mobilizar a comunidade acadêmica, profissionais da saúde e de outras áreas, assim como a comunidade externa.
“Essa data é uma tentativa de reafirmar os preceitos da reforma psiquiátrica, defendendo um tratamento humanizado e de liberdade para as pessoas com sofrimento mental e, além disso, lutar também pela garantia dos direitos de cidadania desses usuários”, afirma Patrícia.
Neste ano, o Dia Nacional da Luta Antimanicomial completa seus 33 anos. O movimento da reforma psiquiátrica teve início na década de 70, mas em 1987 ocorreu dois marcos importantes para a escolha da data que simboliza a luta: o Encontro dos Trabalhadores da Saúde mental, em Bauru – SP e a 1º Conferência Nacional de Saúde Mental, em Brasília – DF.
Segundo o Ministério da Saúde, o movimento antimanicomial caracteriza-se pela luta por direitos das pessoas com sofrimento mental, com o combate ao estigma e à exclusão de pessoas em sofrimento psíquico grave. Este movimento faz lembrar que pessoas com transtornos mentais têm o direito fundamental à liberdade, o direito a viver em sociedade, além do direito a receber cuidado e tratamento, sem que para isto tenham que abrir mão de seu lugar de cidadãos.
Os estantes do curso de psicologia produziram vídeo explicando a trajetória da luta antimanicomial brasileira, sua história e seus avanços. Veja:
