Durante o período das festas de fim de ano, muitos criminosos aproveitam para tentar enganar os consumidores com os mais diversos tipos de golpes, por meio das redes sociais e internet. Para evitar que a população seja vítima dessas fraudes e fique no prejuízo, o professor do curso de Direito do Centro Universitário Católica do Leste de Minas Gerais (Unileste), Daniel Veiga Ayres Pimenta, orienta como se proteger dos criminosos e como proceder nesses casos.
Segundo o advogado, as fraudes podem ser realizadas por meio de documentos roubados, perdidos ou capturados de sites, compartilhamento de dados pessoais e financeiros com terceiros e na internet. Os golpes mais comuns são: emissão de cartões de crédito, compras on-line, de celulares, automóveis ou qualquer outro produto de alto valor agregado, além de empréstimos, financiamentos e até abertura de empresas. Em sua maioria, aplicados por ligações, mensagens de texto, falsos anúncios nas redes sociais, links maliciosos, vazamento de dados, entre outros.
“É preciso estar alerta para poder identificar possíveis golpes. Hoje em dia praticamente todas as pessoas possuem informações pessoais e financeiras em smartphones. Sendo assim, é importante redobrar os cuidados com o aparelho de telefone. Além de, ficar atento, prevenir e desconfiar de pedidos de informações pessoais ou links enviados por aplicativos de mensagens. A cada dia que passa as estratégias dos golpistas são adaptadas em busca de novas vítimas, por isso é fundamental se conscientizar e estar alerta a todo instante”, ressalta Daniel.
Um crime muito comum é o uso de links maliciosos, inseridos em mensagens de textos, geralmente com uma proposta ou oferta irrecusável. Após clicarem nos links, os criminosos roubam os dados pessoais e os usam para conseguir dinheiro, solicitando empréstimos financeiros a amigos e familiares da vítima. Nesses casos, geralmente os criminosos clonam a conta do WhatsApp para pedidos de transferências bancárias aos contatos. Inventam o sequestro de familiares ou amigos e, às vezes, se passam por falsos funcionários de bancos e instituições financeiras para terem acesso a mais informações e causarem um prejuízo maior.
Para evitar cair nesse tipo de fraude Daniel alerta: “nunca clique em links suspeitos, mesmo que tenham sido encaminhados por pessoas que você conhece ou até advindas daqueles grupos de amigos/família. Se receber alguma notificação solicitando um empréstimo, desconfie. Busque saber o que se trata e tente contato com o solicitante (seu amigo/contato do aplicativo) por outros meios para verificar o ocorrido. Não deposite nenhum valor sem saber o que realmente está acontecendo. Procure ajuda antes de tomar qualquer atitude precipitada”, recomenda.
Outro golpe comum acontece por meio das compras on-line. Neste caso, o educador recomenda que o consumidor realize suas compras em sites confiáveis ou que já tenha realizado compras anteriormente. Uma dica importante é conferir se a página do vendedor é um site seguro, tal identificação é possível observando um cadeado localizado na parte inferior direita da tela, ao final do endereço eletrônico (link) do site, no navegador.
“No momento da compra, deve-se tomar muito cuidado, pois o consumidor vai disponibilizar todas as informações do seu cartão de crédito na internet. Até mesmo em compras presenciais, o usuário precisa ficar atento para que toda a transação seja realizada na sua frente. Isso evita que alguém tire foto ou anote os dados do cartão. Se o pagamento for via PIX o consumidor precisa estar em mãos da mercadoria comprada, pois, há golpes em que após a concretização da transferência o vendedor do produto não entrega a compra. Sendo assim, confira os dados do recebedor e confirme se as informações correspondem, de fato, ao vendedor do produto”, analisa.
Além das fraudes citadas, Daniel reitera que o maior responsável pela segurança são os próprios usuários que devem sempre suspeitar daquelas promoções imperdíveis que parecem terem caído do céu, afinal os criminosos são bem criativos e, estão sempre buscando uma maneira de prejudicar as pessoas e subtrair lucros.
Quem for vítima de alguma abordagem semelhante deve entrar em contato com os canais oficiais do meio no qual os golpistas entraram em contato, reunir provas sobre o ocorrido como fotos e prints, além de registrar boletim de ocorrência para que os crimes sejam investigados e não tenha mais vítimas.
