O Coordenador do curso de Engenharia Elétrica do Unileste, Luciano Bittencourt de Abreu, participa do desenvolvimento de um projeto tecnológico para auxiliar no combate ao Coronavírus. O trabalho, intitulado “Mayday Covid-19”, teve início em março deste ano e conta com 20 pesquisadores e professores voluntários no Brasil e exterior.
A iniciativa visa utilizar a inteligência artificial para auxiliar no acesso às informações sobre o vírus e produzir dispositivo móvel para facilitar a triagem de pacientes infectados. O projeto possui uma plataforma de monitoramento de novos casos no Brasil e um sistema de rastreamento e predição usando sistema ótico de alta complexidade para confirmação de novos casos.
Luciano Bittencourt, conta que se sente honrado em participar de uma ação que vise o bem-estar da população, especialmente por exigir competências adquiridas no Unileste. “Enquanto aluno, tive a oportunidade de participar de projetos de pesquisa e intercâmbio que tinham como objetivo a previsão de falhas no sistema de sensoriamento. Falhas essas que podem ser reduzidas com a implementação de sistemas preventivos, que estão sendo utilizados no Mayday, por exemplo”, afirma.
A pesquisa foi idealizada pela ipatinguense e estudante de Engenharia Aeroespacial da Universidade Embry Riddle (EUA), Mirelly Ferreira. Para o andamento do projeto, os profissionais voluntários foram divididos em quatro linhas de pesquisa: computação, jurídica, médica e administrativa.
Mirelly conta que a seleção dos voluntários foi feita de forma criteriosa e que buscou recrutar os melhores profissionais de cada área de conhecimento para garantir precisão e excelência. “Vi no Luciano uma forte e diferenciada habilidade. Ele é muito bom no que faz e garante confiabilidade do nosso processo. Fiquei imensamente feliz quando ele aceitou não apenas o meu convite, mas abraçou o nosso trabalho em outras áreas de aplicação”.
Dividido em três etapas, a primeira fase do projeto se debruçou na realização de um sistema de monitoramento de casos da doença no país. Essa etapa buscou avaliar incidência e surto da doença, bem como auxiliar os órgãos administrativos na tomada de decisões, os dados gerados nessa plataforma são também utilizados nas demais fases. Em seguida, foi desenvolvido um mapa de atividade da doença por municípios no Brasil. A plataforma também conta com dados no âmbito mundial.
Já na segunda etapa, ainda em andamento, estão sendo realizadas predições e busca realizar uma análise preditiva de surto evolutivo, para preparar as cidades a adotar boas iniciativas. “Estou trabalhando com maior direcionamento nesta segunda etapa, que visa prever os locais prováveis de ocorrência de surto da Covid-19. Para isso, utilizamos modelos preventivos baseados em inteligência artificial, tomando como base uma série de fatores de propagação do vírus”, finaliza Luciano.
Posteriormente, na terceira etapa, por meio do sistema de inteligência artificial desenvolvido, será produzido um dispositivo óptico de diagnóstico que visa auxiliar com a execução de testes mais rápidos e diminuir a superlotação nos ambientes de saúde.
Com isso, somente as pessoas em que o dispositivo apontar como positivo serão encaminhadas a hospitais de referência para realização do teste convencional e tratamento. De início, não excluirá o teste convencional, mas será uma estratégia de confirmação e contabilização de casos. E a partir do diagnóstico da tecnologia, o número de casos será atualizado automaticamente no banco de dados da plataforma, criada durante a primeira fase do projeto.
A etapa inicial e seus resultados já estão disponíveis no site: dashboardcovidbrasil.com.br/. A segunda fase estará disponível em versão mobile e a terceira para exames de triagem. O projeto está acessível a todos e seus benefícios se externam para profissionais e pesquisadores de outros países.
