Engenharia Elétrica
Professor dá dicas de como economizar energia nos meses mais quentes do ano
Hoje (21), inicia o verão e as altas temperaturas características da estação, que se estende até o dia 20 de março 2022, podem elevar o consumo de energia elétrica nas residências e comércios, deixando a conta de luz mais cara. Por isso, o professor e coordenador do curso de Engenharia Elétrica do Centro Universitário Católica do Leste de Minas Gerais (Unileste), Luciano Bittencourt de Abreu, alerta que o consumo de energia deve ser melhor observado pelos usuários neste período do ano, adotando medidas simples para o uso dos equipamentos elétricos.
Com o calor, aparelhos como ar-condicionado, ventiladores, geladeiras e freezers são mais utilizados. Além disso, o aumento do consumo de energia com televisão e jogos eletrônicos, devido às férias das crianças e adolescentes também contribuem para elevar o valor da fatura. Sendo assim, o professor explica que com algumas pequenas adaptações e mudanças no consumo diário é possível alcançar resultados bem interessantes na hora de pagar a conta de luz e, assim, não comprometer o orçamento doméstico do mês.
“A economia já começa na compra de eletrodomésticos. Uma dica é observar os selos dos equipamentos, pois, por meio deles é possível saber mais sobre o consumo e eficiência dos aparelhos. Nas etiquetas é possível ver informações de consumo importantes como o Selo Procel, que classifica de A até G a eficiência dos aparelhos, sendo A os mais eficientes e G os menos eficientes. Também é preciso observar o consumo em KwH”, conta Luciano.
A partir disso, outra dica importante é saber quais são os principais aparelhos que mais consomem energia em uma residência. “O consumidor precisa conhecer os “vilões” do consumo na sua casa. O chuveiro elétrico; ar-condicionado; torneiras elétricas; geladeiras; ferro elétrico; lâmpadas incandescentes e máquina de lavar roupa são equipamentos que, pelo princípio de funcionamento, demandam maior energia. Portanto, a utilização desses recursos deve ser repensada”, comenta. “A geladeira, por exemplo, não deve ficar próxima de fogão, micro-ondas e forno, pois ela tende a consumir maior quantidade de energia para manter a temperatura. Além disso, é importante se atentar para o tempo e frequência da abertura da porta da geladeira”, complementa o docente.
Entre as dicas para reduzir o consumo, estão manter a temperatura do ar-condicionado entre 21ºC e 24ºC, ajustar o chuveiro elétrico para o “modo verão” e não deixar equipamentos ligados quando não estiver ninguém utilizando. Ainda segundo o educador, outro ponto que merece destaque é a iluminação da casa. O ideal é aproveitar a iluminação natural para clarear os ambientes, mantendo janelas e cortinas abertas durante o dia. Além disso, trocar as lâmpadas incandescentes por fluorescentes ou LED, que consomem de 60% a 80% menos energia, ajuda a minimizar os futuros gastos.
O docente acrescenta que apostar em iluminação portátil e sensorial também pode ser uma boa alternativa de economia. “Em corredores e escadas, onde há uma rápida circulação de pessoas, é possível instalar sensores de presença para que a luz não fique acesa por muito tempo”, finaliza.
Além disso, comportamentos eficientes na utilização da energia no dia a dia, como banho mais curto, apagar as luzes de ambientes vazios e evitar deixar aparelhos no modo stand by, são essenciais para que o consumidor evite surpresas na fatura de luz, sem, necessariamente, abdicar do conforto.
Publicado por Érica da Costa Soares Rocha