2024
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Geral

Professora do Unileste é finalista do 1º Prêmio Jabuti Acadêmico

A professora do curso de Psicologia do Unileste, Marlene de Araújo, é uma das finalistas da 1ª edição do Prêmio Jabuti Acadêmico com a obra “Infâncias negras: vivências e lutas por uma vida justa”, em parceria com a ex-ministra das Mulheres, da Igualdade Racial e dos Direitos Humanos, Nilma Lino Gomes.

A cerimônia de premiação será realizada nesta terça-feira (06), às 20h, no Teatro Sérgio Cardoso, em São Paulo. Concorrendo na categoria Educação e Ensino, o livro foi escrito durante a pandemia da COVID-19, inspirado também nas questões sociais, políticas e econômicas enfrentadas pelos brasileiros entre 2019 e 2022.

“Estar entre os finalistas do Prêmio Jabuti é uma grande honra para mim e para a Professora Nilma. É nossa primeira vez concorrendo, e foi uma surpresa tanto para nós quanto para nossos parentes e amigos. Esse reconhecimento reforça nosso compromisso com a luta por um mundo melhor, justiça social e combate ao racismo e outras formas de preconceito e discriminações”, ressalta Marlene.

O livro, que contempla textos de mais nove autores (as), aborda sobre as experiências de crianças negras brasileiras, especialmente em Minas Gerais, com base em trabalhos do Programa de Pós-Graduação da UFMG e na prática pedagógica de professores da rede estadual e municipal de Belo Horizonte.

“Por muito tempo, infâncias, especialmente infâncias negras, eram vistas como sem voz, incapaz de participar ou entender. Mas desde os anos 60, pesquisas têm mostrado que as crianças são sujeitos de direitos, de cultura e conhecimento. Elas enfrentam desafios diversos, em relação a racismo, o encaram com práticas criativas e corajosas. Nosso trabalho busca colocar em destaque a importância das pesquisas e práticas pedagógicas que considerem as vozes das crianças para que elas possam falar sobre suas próprias experiências e enfrentar as discriminações”, afirma.

Leis que promovem a educação inclusiva e equitativa

A professora enfatiza a relevância de se conhecer as Leis 10.639/2003 e 11.645/2008, do Parecer 03/2004 e das Diretrizes Curriculares Nacionais sobre Educação das Relações Étnico-Raciais e o Ensino de História e Cultura Africana e Afro-Brasileira, fundamentais para a promoção de uma educação inclusiva e equitativa.

“Compreender e aplicar essas normas vai além de um compromisso teórico; trata-se de transformar a prática educacional e de pesquisa para que se tornem verdadeiramente inclusivas e representativas. É através da implementação efetiva dessas leis que conseguiremos proporcionar um ambiente onde todas as vozes, especialmente as que enfrentam discriminação, possam ser ouvidas e respeitadas. A aplicação prática desses princípios é essencial para avançarmos na construção de um sistema educacional que enfrente as desigualdades de maneira efetiva”, pontua.

De acordo com a autora o racismo se manifesta de várias formas nos meios de comunicação, redes sociais e instituições, muitas vezes pelo silêncio ou pela negação de direitos essenciais como educação, saúde, trabalho, moradia, saneamento básico, lazer e alimentação. “É fundamental que todos, não só as pessoas negras, se envolvam em um processo formativo contínuo para entender e combater essas manifestações, principalmente nas escolas. Essa é a essência da discussão sobre antirracismo”, conclui.

Sobre o Prêmio Jabuti Acadêmico

O Prêmio Jabuti é uma das mais renomadas premiações literárias do Brasil, com mais de seis décadas de tradição. A cerimônia celebra a excelência em diversas áreas da literatura. Enquanto o Prêmio Jabuti cobre várias categorias literárias, o Prêmio Jabuti Acadêmico é dedicado exclusivamente a obras acadêmicas, científicas e profissionais. Nesta primeira edição, o prêmio busca reconhecer e valorizar o impacto dessas obras no avanço cultural e científico.

Para outras informações sobre o Prêmio Jabuti Acadêmico, acesse: premiojabuti.com.br.

Publicado por Juliana Gonçalves Passos

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