2009
out
14

Curso de Arquitetura conclui Blitz da Cidadania e produz relatório de acessibilidade

Acessibilidade Ao todo, dez prédios públicos de Ipatinga foram analisadosConcluídas as visitas propostas pelo projeto Blitz da Cidadania, promovido pelo curso de Arquitetura e Urbanismo do Centro Universitário do Leste de Minas Gerais (Unileste-MG), professores e alunos do curso preparam, agora, o relatório das análises de acessibilidade realizadas em prédios públicos de Ipatinga.

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“Ao todo, dez estabelecimentos foram visitados e avaliados no tocante às condições de acesso oferecidas a deficientes físicos, e o que tínhamos em mente foi comprovado: as condições de acessibilidade são escassas e, quando existem, na maioria das vezes o portador de mobilidade reduzida considerado é apenas o cadeirante”, adianta Danielly Garcia, coordenadora do curso.

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Os prédios do Procon e da Administração Fazendária, o Pronto Socorro Municipal, a sede da Cemig, os bancos Itaú e do Brasil, no Centro, a sede da Copasa, no bairro Cidade Nobre, o Ipatingão e as estações rodoviária e ferroviária foram visitados por 18 alunos voluntários, divididos em cinco grupos. Os estudantes realizaram medições, fotografaram os locais e colheram depoimentos.

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“Escolhemos estes locais com base em reclamações da própria população e, a partir dos resultados, marcaremos reuniões com os responsáveis pelas edificações no intuito de sugerir mudanças e propor melhorias das condições de acessibilidade”, completa a coordenadora.

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O projeto é realizado em parceria com a Associação de Portadores de Deficiência de Ipatinga e com a Defensoria Pública da cidade, que pretende elaborar termos de ajustamento de conduta estabelecendo metas, prazos e multas para a realização das adequações dos espaços.

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Acessibilidade que exclui
Ainda segundo Danielly, dentro do conceito de design universal, a acessibilidade é uma condição em que todos devem ter igual acesso, utilizando os mesmos espaços sem precisar da ajuda de terceiros. “As pessoas devem ser tratadas como iguais, não se pode criar condições de acesso que sejam excludentes. As adaptações devem ser feitas para todos, incluindo idosos, gestantes, acidentados em recuperação e etc.”, afirma.

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Como exemplo de situação a ser corrigida, a coordenadora cita o ambiente hospitalar em que as pessoas que aguardam atendimento são chamadas por meio de um autofalante, o que desfavorece o deficiente auditivo. Da mesma forma, nenhum dos locais visitados apresentou qualquer identificação em braille que pudesse ajudar deficientes visuais em sua orientação.

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“Somente nas agências bancárias foi verificada a existência de piso podotátil, em atendimento aos deficientes visuais. E essa identificação isolada não garante a livre circulação do usuário deficiente a todos os locais públicos da agência, apenas o direciona para um atendente que irá auxiliá-lo. Não seria muito melhor se ele conseguisse se virar sozinho?”, questiona Danielly.

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Mesmo quando se trata do público cadeirante, pouco mais favorecido que os demais portadores de mobilidade reduzida, vários equívocos acontecem. Frequentemente, não existem vagas de estacionamento reservadas para os deficientes e, quando existem, estão posicionadas a longas distâncias dos edifícios públicos. Observou-se, também, a ausência de rebaixamento nas calçadas, escassez de sanitários adequados e soleiras das portas ligeiramente elevadas, o que dificulta a mobilidade dessas pessoas.

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“A partir do dia 26/10, os relatórios das visitas técnicas serão entregues aos responsáveis pelos estabelecimentos. Esperamos que os resultados da Blitz da Cidadania se efetivem e se multipliquem, com a sensibilização dos responsáveis por esses e por outros locais de uso público”, finaliza a coordenadora.

Publicado por Tiago Mendes

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