Alunas do sétimo período do curso de Nutrição do Centro Universitário do Leste de Minas Gerais (Unileste-MG) finalizam nesta semana os trabalhos do projeto ‘Educação nutricional para promoção de práticas alimentares saudáveis’, aplicado na creche Reviver, da cidade de Timóteo. Os pais, responsáveis e funcionários da entidade foram submetidos a um programa de educação nutricional com vistas ao cuidado adequado das crianças atendidas na creche. A iniciativa teve início em 2008, a partir da detecção de fatores de risco para desnutrição infantil no Vale do Aço.
Orientadas pela professora Hiara Serrano, as alunas Andrea Oliveira, Viviane Macedo e Sheila Castro acompanharam 30 crianças na faixa etária de zero a quatro anos, por 12 meses. A pesquisa desenvolvida pelas estudantes aponta entre as causas de desnutrição infantil fatores como baixa renda dos familiares, baixa escolaridade materna e, principalmente, curto período de amamentação, com introdução precoce de alimentação complementar.
“A partir do diagnóstico inicial, a equipe procedeu a um trabalho de análise antropométrica, através da aferição de peso e estatura das crianças. Sobre os dados obtidos, as alunas estruturaram um projeto de educação nutricional, com o objetivo de preparar pais e funcionários para o cuidado alimentar das crianças da entidade”, afirma a professora.
Metodologia
Como método educativo, as estudantes do Unileste abordaram o tema da ‘pirâmide alimentar’, considerado o mais moderno guia de nutrição aprovado pela Organização Mundial da Saúde (OMS). “A base da pirâmide é formada pelos carboidratos complexos, que são fontes de energia, como cereais, pães, raízes e tubérculos. O segundo patamar reúne os grupos ricos em vitaminas, minerais e fibras, como hortaliças e frutas. Em seguida, aparecem os grupos de alimentos que são fonte de proteína, como leite, carnes e ovos. E, formando o topo da pirâmide, os alimentos que devem ser consumidos em menor proporção, pois são extremamente calóricos e, em excesso, prejudiciais à saúde, como óleos e gorduras, açúcares e doces” explica Hiara.
O cardápio da creche e a aplicabilidade da ‘pirâmide alimentar’ foram amplamente discutidos entre as pesquisadoras e os funcionários da entidade. “Além disso, desenvolvemos propostas de aproveitamento total dos alimentos, como o bolo de casca de banana, o doce de casca de abóbora e o suco de casca de abacaxi. Foi muito gratificante contribuir para a melhoria do estado nutricional dessas crianças, perenizando as ações realizadas através da conscientização dos pais e responsáveis envolvidos”, completa Andréa Oliveira.
