Docente de Enfermagem desenvolve pesquisa sobre percepção ambiental e qualidade de vida
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Acreditando que saúde e qualidade de vida dependem de uma mudança de percepção sobre o meio ambiente e os recursos naturais que nos cercam, a professora Célia Geralda Oliveira Pessoa, do curso de Enfermagem do Centro Universitário do Leste de Minas Gerais (Unileste-MG), acaba de defender sua dissertação de mestrado intitulada ‘Percepção ambiental dos estudantes da Escola Municipal Otávio Cupertino dos Reis, em Coronel Fabriciano, sobre a importância da água para a saúde’.
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O estudo procurou levantar o perfil sociocultural, ambiental e as principais doenças que afetam as crianças matriculadas nas quarta e quinta séries da escola, com o intuito de identificar a percepção dos estudantes sobre a relação entre as doenças prevalentes no bairro e o padrão de habitabilidade do local.
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“Durante a pesquisa, procurei verificar em que medida a educação ambiental consegue sensibilizar a população a favor de hábitos que favoreçam a saúde da coletividade”, destaca Célia. O trabalho foi desenvolvido por meio do Centro Universitário de Caratinga (Unec), sob orientação do professor doutor Meubles Borges Junior.
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Desenvolvimento e resultados
A coleta de dados para diagnóstico sobre a percepção ambiental dos estudantes foi realizada com a aplicação de questionários a 138 crianças do ensino fundamental. “Essa ferramenta me permitiu conhecer um pouco mais sobre a realidade dos alunos e os fatores sociais, econômicos, ambientais e culturais que permeiam suas relações”, explica a professora.
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Em seguida, Célia passou a envolver os estudantes em atividades lúdicas de educação ambiental, com aplicação de recursos visuais, musicais e teatrais na abordagem de temas como hábitos de higiene, hábitos alimentares, doenças de veiculação hídrica e condutas para melhoria da qualidade de vida e da saúde.
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Uma vez ministradas as atividades educativas, os alunos foram convidados a responder um novo questionário, por meio do qual foi apurado que 86,3% dos estudantes consideram a água consumida de boa qualidade, apesar da mesma não ser tratada; enquanto 88,5% das crianças informaram já terem apresentado doenças infecciosas ou parasitárias, entre outras.
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De acordo com Célia, a pesquisa revela que os alunos não relacionam qualidade de vida com acesso a água potável e lazer, por exemplo. “E isso aponta que, apesar das atividades de educação ambiental realizadas na pesquisa terem influenciado positivamente as respostas ao último questionário, é importante que os conteúdos escolares envolvendo os temas Meio Ambiente e Saúde sejam tratados de forma transversal na escola, permeando todo o currículo do ensino fundamental de forma interdisciplinar. Projetos em educação ambiental e saúde, voltados para as gerações em idade de formação de valores e atitudes, são essenciais para que essas gerações se desenvolvam em busca de melhores condições de vida” conclui.
Publicado por Tiago Mendes