2009
nov
19

Docente pesquisa diabetes e qualidade de vida em pacientes de Coronel Fabriciano

A qualidade de vida dos diabéticos de Coronel Fabriciano foi objeto de estudo da fisioterapeuta Mariza Alves Araújo, professora do Centro Universitário do Leste de Minas Gerais (Unileste-MG). A pesquisadora analisou dados obtidos a partir de 29 homens e 80 mulheres, com média de idade de 59 anos, portadores de diabetes tipo II, moradores dos bairros Caladinho e Mangueira. Os resultados obtidos apontaram uma relação direta entre a percepção de qualidade de vida dos indivíduos e suas condições socioeconômicas.

“Para desenvolvimento do estudo, os pacientes foram entrevistados quanto às suas condições de saúde física, presença ou ausência de dor, trabalho, lazer e estado emocional. A combinação de todas estas variáveis me permitiu identificar as percepções de qualidade de vida que estes indivíduos têm de si mesmos e, a partir daí, sugerir intervenções adequadas ao seu bem estar”, explica Mariza.

Os participantes da pesquisa foram selecionados a partir do Sistema de Cadastramento e Acompanhamento de Hipertensos (Hiperdia), implementado pelo SUS. O estudo foi desenvolvido sob orientação do professor doutor André Luis dos Santos Silva, por meio do programa de mestrado em Ciências da Reabilitação, do Centro Universitário de Caratinga (Unec).

Convivência com a doença
O diabetes mellitus é uma disfunção metabólica, caracterizada pelo elevado nível de glicose no sangue, resultante da deficiência na secreção ou na ação da insulina. “Além dos custos financeiros que a doença acarreta, os pacientes, frequentemente, apresentam quadros de dor, ansiedade, e desconforto quanto ao uso de dietas e medicação. Estas alterações influenciam diretamente a qualidade de vida destas pessoas”, afirma a pesquisadora.

Como resultado da pesquisa, os indivíduos com renda familiar menor que um salário mínimo apresentaram indicadores menos satisfatórios de qualidade de vida, em comparação aos demais entrevistados. Outro aspecto é que, em geral, as mulheres demonstraram percepções de pior qualidade de vida que os homens analisados.

“Diante desta realidade, faz-se necessário que políticas públicas de Saúde sejam intensificadas no sentido do desenvolvimento de programas de atividades físicas e de educação em Saúde, voltados para os pacientes diabéticos. Além de informar e orientar as populações economicamente mais carentes sobre o convívio com a doença, estes programas favoreceriam a socialização, contribuindo, significativamente, para o aumento da qualidade de vida das pessoas”, finaliza a professora.

Publicado por Tiago Mendes

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