2009
set
17

Estudos sobre a situação ambiental da Bacia do Rio Piracicaba integram Congresso Brasileiro de Engenharia Sanitária e Ambiental

Bacia do Rio Piracicaba

A situação ambiental da Bacia do Rio Piracicaba estará em debate entre os dias 20 e 25 de setembro no ‘25° Congresso Brasileiro de Engenharia Sanitária e Ambiental’, que será realizado em Recife, Pernambuco. O assunto será abordado por meio da participação da professora Marluce Teixeira Andrade Queiroz, coordenadora do Grupo de Pesquisas Estudos dos Impactos Ambientais da Bacia do Rio Piracicaba, mantido como projeto de extensão pelo Centro Universitário do Leste de Minas Gerais (Unileste-MG).

Como apresentação oral, destaca-se o estudo ‘Bioacumulação de arsênio na Bacia do Rio Piracicaba, Minas Gerais’, desenvolvido em parceria com a professora Maria Adelaide Vasconcelos, docente do curso de Mestrado em Engenharia Industrial do Unileste. Para desenvolvimento do trabalho, as pesquisadoras colheram amostras de água superficial nos municípios de Fonseca, Rio Piracicaba, Nova Era e Ipatinga. Em todos os pontos de coleta, foram encontradas concentrações de arsênio acima do nível máximo permitido pela legislação ambiental vigente. Pesquisadores de renome apontam que este elemento químico e seus compostos, quando em teor excessivo, têm potencial de intoxicação, prejudicando o funcionamento do sistema nervoso, ou apresentando efeito cancerígeno.

“Nos municípios banhados pela Bacia do Rio Piracicaba, o abastecimento de água é feito, principalmente, por meio de captações dos lençóis freáticos, mas a utilização de águas superficiais também ocorre, através das nascentes. Assim, visando preservar a saúde da população, recomendamos a implantação de um programa de monitoramento dos teores de arsênio e a adoção de medidas capazes de reduzir esta concentração química”, explica Marluce.

Qualidade sanitária
Completando a participação do Unileste no evento, o trabalho ‘Análise do teor de coliformes termotolerantes e fecais na Bacia do Rio Piracicaba’, será apresentado no Congresso em forma de pôster. As professoras Marluce Queiroz, Adelaide Vasconcelos e Solange Andrade Avelar, autoras da pesquisa, realizaram coletas de água nos mesmos municípios com vistas à investigação dos níveis de contaminação da água por esgotos domésticos. Os resultados apontam que o Rio Piracicaba não atende ao padrão sanitário de águas destinadas a atividades como irrigação de plantações, pescaria, recreação aquática e consumo dos animais.

“Diante desse contexto, concluímos que se faz necessário o desenvolvimento de um programa de educação ambiental voltado para a comunidade ribeirinha, capacitando-a para a prevenção da ocorrência de doenças transmitidas pela água”, sugere Adelaide. As alunas Aryadine Barbosa e Marina Verneque, do curso de Engenharia Sanitária e Ambiental do Unileste, também participaram do desenvolvimento do trabalho.

Publicado por Tiago Mendes

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