A partir deste mês, a população do Vale do Aço passa a contar com um espaço cultural reestruturado para a exibição de espetáculos. Considerado um dos primeiros teatros criados na região, o Teatro João Paulo II do Centro Universitário do Leste de Minas Gerais (Unileste-MG), localizado no campus de Coronel Fabriciano, acaba de receber investimentos de cerca de R$ 100 mil em melhorias de infraestrutura e aquisição de equipamentos.
As obras tiveram início do mês de abril deste ano e contaram com recursos do Centro Universitário. O empreendimento contemplou a substituição do palco, troca do piso da plateia, pintura nos espaços internos e externos, manutenção do sistema de refrigeração, modernização das instalações elétricas e das varas de iluminação, além da aquisição de novos equipamentos. “Esta iniciativa demonstra a preocupação da Instituição em conservar e manter em plenas condições de uso este importante espaço cultural, que faz parte da história da região e dos 41 anos do Centro Universitário”, ressalta o reitor do Unileste, Genésio Zeferino.
Na avaliação da assessora de Eventos e Cultura do Unileste, Ana Lúcia Rezende, este investimento representa um presente para a comunidade e a classe artística do Vale do Aço. “Por meio deste espaço, recebemos todos os anos mais de 20 eventos culturais, numa média de duas intervenções artísticas por mês. Esta abertura ao público e aos artistas é uma das principais formas empreendidas pelo Unileste de incentivo à cultura e fortalecimento do movimento cultural na região”, opina a assessora.
História
Com o fechamento da Casa de Cultura de Coronel Fabriciano, criada em 1976 para funcionar especialmente como teatro, o Instituto Católico de Minas Gerais (ICMG), atual Unileste, recebeu como doação os equipamentos para o seu pequeno auditório. Os maquinários foram conquistados por intermédio do então assessor cultural da Instituição, Ricardo Maia.
Em seguida, com o apoio da Prefeitura Municipal de Coronel Fabriciano, Usiminas, Associação Pró-cultura de Ipatinga (Aproc) e outros apoiadores, o espaço recebeu melhorias e foi transformado em teatro. Aos poucos, tornou-se referência, recebendo na década de 80 renomados espetáculos teatrais e artistas, como Fernanda Montenegro, Helvécio Ferreira, Walmir José e Jota D’Ângelo.
Em 1993, por meio da Lei Estadual de Incentivo à Cultura e patrocínio da Usiminas, teve início a primeira etapa de reformas do teatro, com a melhoria da área da plateia e instalação de ar condicionado. Na segunda etapa, os investimentos contemplaram a instalação de modernos sistemas de iluminação, camarins, sala de ensaio, fosso, além da aquisição de dois pianos. As obras foram finalizadas em 2005, quando a região foi presenteada com um espaço cultural moderno e estruturado.
Estrutura atual
O Teatro João Paulo II tem capacidade para 350 lugares, um palco com 12 metros de profundidade, acesso facilitado para deficientes físicos, moderna aparelhagem audiovisual, de sonorização e iluminação, além de sala de ensaio e dois espaçosos camarins. Dentre os seus equipamentos, ainda se destacam um piano de cauda e um cravo modelo Paschal do século XVII.
Ana Lúcia Rezende ressalta que o espaço está aberto aos produtores e artistas da região. “O teatro está de portas abertas às diversas manifestações artísticas. É sempre uma honra receber espetáculos e possibilitar o fortalecimento da produção cultural e valorização dos artistas”, afirma.
Artistas e produtores culturais interessados em apresentaram seus espetáculos no Teatro João Paulo II devem procurar o Setor de Eventos e Cultura do Unileste, no 2º piso do Bloco K, campus Coronel Fabriciano. Mais informações pelo e-mail eventos@unileste.edu.br ou pelo telefone (31) 3846-5531.
