2010
mar
30

Aluna do Unileste participa de projeto de resgate à tradição do batuque no Vale do Aço

Trazido ao Brasil pelos negros no período colonial, o batuque é uma dança que tem o ritmo marcado pelos atabaques e tambores, que são acompanhados pelas batidas de pés e palmas. Embora ainda seja pouco conhecida, essa manifestação cultural resiste em comunidades rurais do Vale do Aço. Com a proposta de registrar e divulgar essa marca da diversidade cultural da região, a aluna Raysa Silva Fernandes, do curso de História do Centro Universitário do Leste de Minas Gerais (Unileste-MG), iniciou as pesquisas do projeto História de Vida – As Raízes do Batuque nas Comunidades Rurais da Região Metropolitana do Vale do Aço.

Idealizado pelo geógrafo e ex-aluno do Unileste, Alessandro de Sá, o projeto teve início em janeiro deste ano e tem previsão de conclusão em setembro. Contemplando as cidades de Ipatinga, Coronel Fabriciano, Timóteo, Antônio Dias, Santana do Paraíso e Belo Oriente, a iniciativa é desenvolvida pelo Instituto Interagir e conta com o patrocínio da Usiminas, por meio da Lei Estadual de Incentivo à Cultura.

Início da pesquisa
No último final de semana, a equipe multidisciplinar de pesquisadores, da qual Rayssa Silva faz parte, deu início às atividades de campo que percorrerão cerca de 400 km de estrada, passando pelas comunidades de Serra da Viúva e Achado dos Pretos, Ipanemão, Ipaneminha, Tribuna, Morro Escuro, Pedra Branca, Barra Alegre, Córrego dos Lúcios, Estrada da Bocaína e Cocais dos Arruda.

Segundo a estudante, nesta etapa de levantamento de dados será realizado um cadastramento das pessoas envolvidas no batuque. “Após as pesquisas e o reconhecimento deste movimento, produziremos um inventário e um livro didático contando a história dessa manifestação cultural, e os mesmos serão distribuídos para as bibliotecas municipais da região”, adianta.

Surgimento do projeto
Alessandro de Sá explica que o projeto surgiu quando ele realizou uma pesquisa dentro da Área de Preservação Ambiental (APA) de Ipatinga. “Dentro da APA tive contato com esta manifestação cultural e percebi que ela é pouco conhecida no Vale do Aço. Então, surgiu o desejo de resgatar a cultura dos batuqueiros, mostrando à população o grande potencial cultural existente em nossa região”, relata.

Publicado por Tiago Mendes

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