O Curso de Arquitetura e Urbanismo do Unileste, em parceria com a Associação Solidariedade Brasil-Togo (ASBT) – primeiro laboratório de Assistência Técnica para Habitação de Interesse Social do Vale do Aço (ATHIS) – participa das ações do Projeto Calço, focado na elaboração de projetos de melhoria a moradias de famílias em vulnerabilidade social na cidade de Coronel Fabriciano.
Segundo o arquiteto e urbanista Roberto Caldeira Jr, coordenador do Projeto, o principal objetivo das ações é assegurar moradia digna para a população de baixa renda da região. “O direito à moradia está assegurado e previsto pela Constituição Federal. Depois de um período parados devido a pandemia, retomamos as atividades do Projeto que é muito importante para a população. E agora, contando com os estudantes e professores do curso de Arquitetura do Unileste, poderemos transformar a realidade e garantir este direito fundamental para mais pessoas”, afirma Roberto.
A primeira atividade do Calço foi desenvolvida na comunidade do Morro do Tomate, localizado no bairro Caladinho. Na ocasião, os moradores puderam se inscrever para terem suas casas atendidas. Além do atendimento à comunidade, o Projeto Calço também oferece consultoria para profissionais que queiram atuar na área e para prefeituras da Região Metropolitana do Vale do Aço que pretendam implementar a ATHIS em seu município.
Assistência Técnica para Habitação de Interesse Social (ATHIS)
A Lei 11.888/2008 de Assistência Técnica para Habitação de Interesse Social é um projeto desenvolvido por arquitetos para regulamentar o acesso gratuito a famílias com renda de até 3 (três) salários mínimos à serviços profissionais de arquitetura para a construção, reforma e ampliação de suas residências.
O Unileste, por meio da disciplina Assistência Técnica, proporciona a participação do estudante em projeto de extensão universitária através do exercício da prática do atendimento à comunidade em demandas sociais reais, sob orientação docente. Em sala de aula, os discentes constroem embasamento teórico a respeito ATHIS, realizam debates sobre o papel social do arquiteto e as diferentes dimensões da atuação em assistência técnica, abordam instrumentos e projetos e discutem as possibilidades e limites da atuação profissional no âmbito das políticas públicas e modos de pensar e intervir no espaço nas escalas da quadra, do lote e do edifício.
Agmar Andrade, professor do Curso de Arquitetura e Urbanismo do Unileste e integrante da equipe ASBT, reforça que tal atividade “pode proporcionar ao aluno a construção do conhecimento multidisciplinar de forma participativa e propositiva, potencializando a emancipação social e incentivando ações por cidades mais democráticas”.
De acordo com a professora da disciplina Assistência Técnica, Kênia Alves, nas atividades, o estudante desempenha um papel ativo na construção do próprio aprendizado. “As atividades de extensão sobre a Lei de Assistência Técnica para Habitação de Interesse Social são uma peça fundamental para a formação do aluno, que participa de todo o andamento do projeto, em todas as etapas, que envolvem: conhecimento da realidade local, levantamentos socioeconômico, documental e cadastral, elaboração do projeto arquitetônico e de quantitativos de materiais para captação/ aquisição”, explica Kênia.
