2010
nov
11

Professor do Unileste apresenta estudo sobre transformação enzimática de micropoluente

Imagem: Professor do Unileste defende tese sobre discursos étnico-raciais no Brasil Prof. Claudinei Fernandes de Melo A pesquisa de doutorado concluída recentemente pelo professor Claudinei Fernandes de Melo, do curso de Engenharia Química do Centro Universitário do Leste de Minas Gerais (Unileste-MG), resultou em mais um artigo produzido pelo docente. Desta vez, o trabalho foi selecionado para apresentação oral, nesta sexta-feira (12/11), no Workshop do IX Seminário Brasileiro de Tecnologia Enzimática (Enzitec 2010), realizado no Rio de Janeiro.

Único trabalho de uma instituição de ensino particular selecionado para o evento, a pesquisa é intitulada Conversão de Triclosan Catalisada por Peroxidase de Raiz-Forte: Influência das Condições Reacionais e Avaliação da Remoção da Atividade Antibacteriana. O estudo propõe o desenvolvimento de um processo de tratamento que seja capaz de transformar o micropoluente triclosan em outra substância, que não possui efeitos prejudiciais ao ambiente e ao homem. Para tanto, o pesquisador utilizou uma enzima produzida a partir da planta conhecida como raiz-forte.

“O triclosan é um componente de sabonetes antissépticos, cosméticos, xampus, enxaguatórios bucais, entre outros. Após ser utilizado na higiene pessoal, esse composto vai para o sistema de coleta de esgoto e passa pelas estações de tratamento sem ser removido, chegando a rios, lagos, mar e até mesmo à água de beber. A presença de triclosan no meio ambiente favorece o desenvolvimento de bactérias super resistentes a antibióticos, e o composto pode até ser transformado pela radiação solar em dioxinas carcinogênicas”, explica o professor.

Segundo Claudinei, com a utilização da enzima, o triclosan pode ser transformado em pouquíssimo tempo, durante o processo de tratamento de esgoto. “Observamos ainda que, após o tratamento adequado, não foi detectado o surgimento de bactérias resistentes nas amostras da pesquisa. Vale ressaltar que o processo de transformação não gera subprodutos tóxicos, como ocorre, por exemplo, na ozonização, método que tem sido amplamente utilizado na Europa para a remoção de micropoluentes”, revela o pesquisador.

Inovação sustentável
O Enzitec é um evento de natureza científica e tecnológica, que visa fomentar o desenvolvimento da tecnologia enzimática no Brasil. A iniciativa justifica-se pela importância, cada vez maior, das enzimas para a evolução de segmentos industriais como os de biocombustíveis, alimentos, tecidos e de papel e celulose. Assim, a temática do Enzitec 2010 está voltada para a versatilidade e a eficiência da tecnologia enzimática na inovação sustentável.

Para Rosângela Paranhos, coordenadora do curso de Engenharia Química do Unileste, a participação do docente neste evento se traduz em uma oportunidade de discussão e troca de conhecimentos sobre os avanços da tecnologia enzimática. “As pesquisas nesta área, tanto no âmbito acadêmico quanto no industrial, têm crescido em vários países. Pode-se dizer que a necessidade do desenvolvimento autossustentável é a mola propulsora para a utilização de matérias primas renováveis em processos que resultem em produtos de qualidade e que sejam fruto de tecnologias limpas”, ressalta.

 

Publicado por Tiago Mendes

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