2009
set
25

Professora do Unileste participa de conferência internacional e apresenta pesquisa sobre poluição industrial no Vale do Aço

Entre os dias 27 de setembro a 2 de outubro, a professora e pesquisadora Maria Adelaide Vasconcelos Veado, do curso de Mestrado em Engenharia Industrial, representará o Centro Universitário do Leste de Minas Gerais (Unileste-MG) na ‘Conferência Internacional Nuclear Atlântica’, no Rio de Janeiro. O evento, que tem como tema ‘Inovações em tecnologia nuclear para um futuro sustentável’, reunirá pesquisadores nacionais e internacionais.

Durante a conferência, a professora fará a apresentação dos resultados da pesquisa ‘Análise por Ativação Neutrônica Instrumental (ANI): estudos sobre a poluição ambiental na região do Vale do Aço’. O estudo foi desenvolvido em parceria com o Centro de Desenvolvimento de Tecnologia Nuclear (CDTN) e o Departamento de Engenharia Nuclear (DEN), da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), e contou com o envolvimento dos pesquisadores Ângela Menezes e Arno Oliveira. Também colaboraram no estudo o aluno Alex Costa, do Mestrado em Engenharia Industrial, e a docente Marluce Queiroz, do Unileste.

Para o diretor de Pós-graduação, Pesquisa e Extensão, Marcelo Corrêa, “a classificação da pesquisa no evento confirma o alto nível das investigações científicas realizadas na Instituição, além do compromisso do Unileste com a qualidade de vida da comunidade do Vale do Aço”, salienta.

Altos índices de poluição industrial
A pesquisa desenvolvida pela professora Maria Adelaide consiste no biomonitoramento da poluição aérea industrial na região do Vale do Aço, verificando a presença de contaminantes inorgânicos da poluição atmosférica.

Durante o estudo, foram coletadas amostras de musgos utilizados como biomonitores, nas cidades que abrigam e circundam as indústrias siderúrgicas e metalúrgicas da região: Ipatinga, Coronel Fabriciano, Timóteo, Santana do Paraíso e Marliéria. “Os resultados das análises indicaram altas concentrações de elementos químicos, como alumínio, mercúrio, ferro, cobalto, tório (radioativo), dentre outros”, explica a professora.

Para avaliar os níveis de poluição do Rio Piracicaba, Maria Adelaide utilizou como técnica a análise de reator nuclear designada ‘Ativação Neutrônica Instrumental’, além do peixe acará como bioindicador da qualidade da água. “Os resultados apontaram grandes concentrações de metais pesados, acima do valor máximo permitido pela legislação ambiental, e indicaram elevação do teor desses metais em relação aos parâmetros indicados pela literatura científica”, afirma.

Diante das constatações dos altos índices de poluição industrial no Vale do Aço, a professora alerta que “faz-se necessária a aplicação de medidas capazes de diminuir o impacto ambiental das atividades industriais, em caráter imediato, visando a manutenção da saúde pública”, conclui.

Publicado por Tiago Mendes

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